domingo, 20 de setembro de 2009

Ser professor é mais do que ser um profissional da educação. É transpor as barreiras das indiferenças. É poder dividir o que você tem de melhor com o próximo. É ensinar e aprender ao mesmo tempo. Ser professor é aconselhar a criança, o jovem e o adulto. Todos nós temos um pouco de "professor". Todos ensinam algo e aprendem algo. Ser professor é trabalhar com o melhor material que existe: O ser humano!

ETNOMATEMÁTICA: O QUE É?

Etnomatemática Bantumi o Kalaha, um jogo africano objecto de um estudo etnomatemático. A etnomatemática surgiu na década de 70, com base em críticas sociais acerca do ensino tradicional da matemática, como a análise das práticas matemáticas em seus diferentes contextos culturais. Mais adiante, o conceito passou a designar as diferenças culturais nas diferentes formas de conhecimento. Pode ser entendida como um programa interdisciplinar que engloba as ciências da cognição, da epistemologia, da história, da sociologia e da difusão. A palavra foi cunhada da junção dos termos techné, mátema e etno. Segundo Ubiratan D'Ambrósio o Programa Etnomatemática "tem seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitam sobreviver e transcender, através de maneiras, de modos, de técnicas, de artes (techné ou 'ticas') de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver com (mátema) a realidade natural e sociocultural (etno) na qual ele, homem, está inserido." Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva etnomatemática, o ensino deste ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e social na qual estão inseridas.