segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

POESIA MATEMÁTICA

Às folhas tantas do livro Matemático. Um quociente se apaixonou um dia doidamente por uma incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do Ápice à Base. Uma figura Ímpar; olhos rombóides, boca trapezóide, corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela a dela. Até que se encontraram no infinito "Quem és tu?" indagou ele com ânsia radical. "Sou a soma dos quadrados dos catetos mas pode me chamar de Hipotenusa."E de falarem descobriram que eram-o que, em aritmética, corresponde a almas irmãs primo- entre-si. E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas sinoidais. Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas Euclideanas e os exegetas do Universo Finito. Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. E, enfim, resolveram se casar constituir um lar mais que um lar, uma Perpendicular.

Convidaram os padrinhos o Poliedro e a Bissetriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sinhando com uma felicidade Integral e diferencial. E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia. Foi então que surgiu o Máximo Divisor Comum frequentador de Círculos Concêntricos. Viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta, e reduziu-a a um Denominador Comum.Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais Um Todo,Uma Unidade. Era o Triângulo, tanto chamado amoroso. Desse problema ela era a fração mais Ordinária. Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade e tudo que era expúrio passou a ser moralidade Como, aliás, em qualquer sociedade.

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