terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
ETNOMATEMÁTICA: O QUE É?
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Concepções dos Professores de Matemática e Processos de Formação
Por João Pedro da Ponte, Universidade de Lisboa
O interesse pelo estudo das concepções dos professores, tal como aliás pelo estudo das concepções de outros profissionais e de outros grupos humanos, baseia-se no pressuposto de que existe um substracto conceptual que joga um papel determinante no pensamento e na ação. Este substrato é de uma natureza diferente dos conceitos específicos – não diz respeito a objectos ou acções bem determinadas, mas antes constitui uma forma de os organizar, de ver o mundo, de pensar. Não se reduz aos aspectos mais imediatamente observáveis do comportamento e não se revela com facilidade – nem aos outros nem a nós mesmos. As concepções têm uma natureza essencialmente cognitiva. Atuam como uma espécie de filtro. Por um lado, são indispensáveis pois estruturam o sentido que damos às coisas. Por outro lado, actuam como elemento bloqueador em relação a novas realidades ou a certos problemas, limitando as nossas possibilidades de actuação e compreensão. As concepções formam-se num processo simultaneamente individual (como resultado da elaboração sobre a nossa experiência) e social (como resultado do confronto das nossas elaborações com as dos outros). Assim, as nossas concepções sobre a Matemática são influenciadas pelas experiências que nos habituámos a reconhecer como tal e também pelas representações sociais dominantes. A Matemática é um assunto acerca do qual é difícil não ter concepções. É uma ciência muito antiga, que faz parte do conjunto das matérias escolares desde há séculos, é ensinada com carácter obrigatório durante largos anos de escolaridade e tem sido chamada a um importante papel de selecção social. Possui, por tudo isso, uma imagem forte, suscitando medos e admirações. A Matemática é geralmente tida como uma disciplina extremamente difícil, que lida com objectos e teorias fortemente abstractas, mais ou menos incompreensíveis. Para alguns salienta-se o seu aspecto mecânico, inevitavelmente associado ao cálculo. É uma ciência usualmente vista como atraindo pessoas com o seu quê de especial. Em todos estes aspectos poderá existir uma parte de verdade, mas o facto é que em conjunto eles representam uma grosseira simplificação, cujos efeitos se projectam de forma intensa (e muito negativa) no processo de ensino-aprendizagem. Os professores de Matemática são os responsáveis pela organização das experiências de aprendizagem dos alunos. Estão, pois, num lugar chave para influenciar as suas concepções. Como veem eles próprios a Matemática e o modo como se aprende Matemática? Qual a relação entre as suas concepções e as dos seus alunos? Que sentido faz falar de concepções, distinguindo-as de outros elementos do conhecimento, como por exemplo, das crenças? Qual a relação entre as concepções e as práticas? Qual a dinâmica das concepções, ou seja, como é que estas se formam e como é que mudam? Qual o papel que nestas mudanças podem ter os processos de formação? O matemático, por cada momento de criatividade tem muitos momentos de trabalho rotineiro e de árduo estudo. Além disso, trabalha com ideias sofisticadas e tem ao seu alcance formidáveis recursos que derivam do seu conhecimento de domínios mais ou menos vastos e de uma grande experiência anterior. Não é possível transpor estas condições para um aluno colocado perante uma tarefa necessariamente elementar e dispondo de recursos forçosamente limitados. Finalmente, quando se evoca esta metáfora, nem sempre se sublinha o grande esforço que os matemáticos fazem para a compreensão dos conceitos e resultados já existentes e a sua grande capacidade de concentração e de resistência à frustração, elementos indispensáveis à sua sobrevivência profissional. Gostaria de propor uma nova metáfora. Trata-se da metáfora do engenheiro. Ou seja, da pessoa que colocada perante uma situação concreta procura lançar a mão dos diferentes métodos e abordagens ao seu alcance, eventualmente modificando-os e combinando-os, de modo a construir uma solução satisfatória. Comparar a Matemática dos matemáticos com a dos engenheiros é certamente uma proposta arriscada. Os matemáticos valorizam de forma determinante o rigor e a consistência e não suportam os expedientes e o carácter por vezes mal justificado dos métodos a que é preciso recorrer se se quer encontrar soluções para problemas práticos. Dizer de alguém que a sua concepção de Matemática é a de um engenheiro tem sido um dos insultos mais cultivados pela elite dos professores — o que bem atesta o domínio absoluto que a Matemática Pura tem exercido sobre o campo do ensino. No entanto, hoje em dia, a tendência é cada vez mais para ver a Matemática como um todo, considerando artificiosa e limitativa a distinção entre Matemática Pura e Matemática Aplicada (NCR, 1989), uma vez que as mesmas teorias podem ser vistas como "puras" ou "aplicadas", dependendo apenas da óptica com que são encaradas. É cada vez mais reconhecida a importância da capacidade de lidar com as estruturas e regularidades matemáticas mas também da capacidade da as aplicar a situações exteriores à Matemática. Desta forma, poderá esperar-se alguma aceitação para esta metáfora, que valoriza a capacidade dos alunos formularem situações em termos matemáticos (matematização) e aplicarem conceitos já seus conhecidos à resolução de problemas concretos, incluindo naturalmente a construção de modelos matemáticos (modelação).
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Relato de Experiência - A utilização da resolução de problemas nas aulas de matemática
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
O Professor e o Computador
A Álgebra da Escola Básica
Aplicando jogos matemáticos na sala de aula
Probabilidade
O número pi
A ORIGEM DOS NÚMEROS
Em seguida, os povos gregos e romanos começaram, também a contribuir no processo de grafismo numérico. Os gregos utilizam as letras do alfabeto para representar valores numéricos, entre elas, temos: l ,b ,W ,p . Já os Romanos usufruíam de um sistema, que baseava-se na repetição constante de símbolos. Vestígios desta representação, oriundos de entalhes e perfurações em ossos. Eles usavam a regra da soma e subtração na representação dos algarismos. Historiadores afirmavam que a simbologia romana provém das letras I,V, X, L, D e M, onde, I (um), V(cinco), X (dez), L(cinquenta), D (quinhentos) e M (mil). No entanto, a base usada, era 5. O povo da Índia, atribuía valores afetivos, emocionais para a representação numérica. Citamos por exemplo: 1 (eka)-pai, corpo, único, 2(dvi)-gêmeos, casal, olhos, braços, 3(tri)-os 3 mundos. Cerca de 300 anos aC., surge o povo Hindu, novamente neste processo, e em constante evolução no processo de representação numérica. Neste período, os algarismos começaram a adquirir deu formato atual. Este povo, não era permitido efetivar cálculos. No século VIII, os árabes adotaram o sistema Hindu de representação, e quando iniciaram o processo de conquista muçulmana-árabe, difundiram a atual representação numérica (0, 1 , 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) por todo o ocidente. Esta última evolução no grafismo numérico, foi efetivada pelos árabes, quando transcreveram a representação Hindu para os pergaminhos. Os calculadores faziam seus cálculos em tábuas de poeira (algarismos Ghobar). A introdução dos algarismos Hindus na Europa, já foi mais complicado, pois, na Idade Média, o povo não possuia acesso à cultura, no entanto o Papa Romano contestava a representação Hindu e a inferiorizava constantemente. Mas Gebert d'Aurillac, foi precursor, e levou a numeração Hindu para a Europa, e ele foi tão contrariado, que os cristãos o definiam como um ser demoníaco. Ao descrevermos sobre a escrita numérica, não podíamos de esquecer de ressaltar alguns pensamentos interessantes entre os povos antigos. Alguns, não contavam pessoas, pois seria a mesma coisa que condená-la à morte. Em Uruk(2850 anos aC.), o casamento era um contrato, cujo 'valor da noiva' , era definido e representado na argila. A solidão em antigas tribos, era representada pelo número 1. Representamos mecanicamente os números e usufuímosd dos mesmos constantemente em nosso dia-a-dia. A engenharia, a computação e a mecânica por exemplo, não existiam sem a representação numérica. Como vimos, o tempo para atingirmos a base 10 e a atual representação, foi cerca de 500 anos, no entanto, concluímos, que as descobertas baseiam-se em estudos prévios, atingindo assim, um ponto de equilíbrio, demonstrando o caráter dialético do processo de evolução da história e da humanidade.
Bibliografia: FALZETTA, RICARDO. Matemática- Tire Lições da História das Palavras. Revista Nova Escola, Ed. Abril, maio/99, nº 122, ano XIV. FRANCHESCO, GISELE. Arqueologia Matemática - A Matemática Chinesa, Matemática Aplicada à Vida, Ed. Prandiano, maio/90, nº 02. GUERRA, ROSÂNGELA. Matemática - Manejando os Números com Engenho e Arte, Revista Nova Escola, Ed. Abril, abril/95, ano X, nº 83. BONGIOVANNI, V., VISSOTO, O., LAUREANO, J., Histórias de Matemática e Vida, Revista Matemática e Vida, Ed. Ática, 1992. IFRAH, GEOGES, Os Números. A História de Uma Grande Invenção. Ed. Globo, 1989, 3ª edição.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
POESIA MATEMÁTICA
Convidaram os padrinhos o Poliedro e a Bissetriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sinhando com uma felicidade Integral e diferencial. E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia. Foi então que surgiu o Máximo Divisor Comum frequentador de Círculos Concêntricos. Viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta, e reduziu-a a um Denominador Comum.Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais Um Todo,Uma Unidade. Era o Triângulo, tanto chamado amoroso. Desse problema ela era a fração mais Ordinária. Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade e tudo que era expúrio passou a ser moralidade Como, aliás, em qualquer sociedade.